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Como melhorar a educação brasileira ainda em 2023? 

Encontro anual Educação Já debateu desafios e caminhos para educação com qualidade para todos 

Apesar das dificuldades, o momento atual é uma chance única para o Brasil construir um novo capítulo da Educação Básica, com visão de longo prazo e focado na Educação de qualidade para todos. Esta foi a ideia que guiou o Educação Já 2023, evento realizado pelo Todos pela Educação com a participação de lideranças políticas, cívicas e educacionais, organizações de defesa da educação, ativistas, gestores e professores. 

O encontro, realizado em Brasília, foi o reforço de um compromisso político com as agendas prioritárias da educação básica. O Instituto Natura participou de mesas na programação, contribuindo para pensar soluções para o setor. Entre as prioridades apontadas por especialistas para este ano, estão recuperar o atraso provocado por adversidades como a pandemia de coronavírus – com destaque para a reversão dos índices de evasão escolar – e garantir investimento e apoio à Educação Básica. 

Anualmente, o encontro Educação Já aponta para a força do ecossistema formado por governos e organizações da sociedade civil engajados na mudança da educação; participam integrantes de diversas esferas do poder público e das três instâncias de representação – federal, estadual e municipal. Representantes eleitos e organizações do terceiro setor e especialistas dialogam na tentativa de encontrar respostas veementes para os desafios do sistema educacional brasileiro. 

“A comunidade escolar também participou bastante do evento. Professores e diretores escolares tiveram espaço de fala e interação, o que foi fundamental para conectar mais com a realidade vivida no dia a dia por esses atores”, conta Anita Stefani, Gerente de Articulação do iN, que participou do encontro.  

Cada edição do evento contempla temas transversais e perenes e assuntos contemporâneos, latentes na comunidade escolar naquele ano. Por isso, ganhou espaço nos painéis o objetivo de resgatar o ambiente da escola como um espaço seguro e transformador. Com debates pautados por recentes ataques a instituições de ensino, os participantes reforçaram o acolhimento, o diálogo e a formação que constroem a escola e unem a comunidade escolar. A construção de protocolos para atentados e a implementação de programas que colaborem com a desradicalização de extremistas e sua reintegração à sociedade foram apontados como caminhos. Além disso, recebeu destaque o apontamento de que a escola deve promover a escuta para todos os alunos e ser um espaço de pertencimento para os estudantes. 

A importância de tirar discursos de apoio à educação do papel também foi tema, com um chamamento para que governos e políticos avancem nas plataformas propostas e executem políticas bem planejadas e efetivas, guiadas por metas e balizadas pela avaliação de resultados.

“É um espaço muito rico de troca, em que a gente pode discutir diferentes visões e realidades”, avalia Anita Stefani. “É sobretudo uma oportunidade para consolidar o compromisso político com a educação. Para mudar e melhorar a educação, além de qualidade técnica, investimento e prioridade, é preciso ter compromisso real de quem está com a caneta na mão.”  

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