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Piauí chegará a 200 escolas de ensino integral ainda neste ano 

Novo plano estratégico de ações para a rede estadual de educação também prevê universalizar a modalidade de ensino até 2026 

Fortalecer o regime de colaboração com os municípios, expandir a educação profissional, valorizar e formar professores e servidores, e expandir o ensino de tempo integral. Esses são os pilares do plano estratégico de ações lançado pelo governo do Piauí para a rede estadual de educação. 

Como parte do projeto “Ser Integral faz Diferença”, o estado quer ampliar o número de escolas em tempo integral e a abrangência da modalidade ensino no estado. Essa foi uma das principais metas estabelecidas pelo governo local, que aposta no Ensino Médio Integral para aumentar a qualidade de ensino e expandir as oportunidades de ingresso nas instituições de ensino superior e no mercado de trabalho.  

Atualmente com 96 escolas em tempo integral, o Piauí chegará a 200 ainda em 2023 e pretende universalizar o modelo até 2026. “Esse compromisso com a ampliação é fruto dos resultados educacionais de qualidade que as atuais 96 escolas de ensino integral já apresentam no estado. A comunidade escolar pede educação de qualidade e percebe os resultados que o Ensino Médio Integral apresenta”, explica a Coordenadora de Implantação do Ensino Médio Integral do Instituto Natura (iN), Maria Vitória Lira. 

O iN oferece apoio técnico ao estado, ao lado do Iinstituto Sonho Grande, em ações estruturantes para suportar a expansão com qualidade. Inicialmente, fazendo o diagnóstico das 104 escolas que passarão a ter o modelo integral neste ano, o que envolve ações de mapeamento de processos e apontamentos para outros setores, além do pedagógico, que precisam ser envolvidos para garantir que as escolas tenham condições de operar no modelo integral.

“No longo prazo, a gente vai preparar a rede e seus professores, a partir de estudos de análise de demanda, adaptação e construção de novas escolas, além de ampliação de salas e espaços, para que se atinja a universalização até o fim de 2026”, complementa Lira. 

A expectativa do governo piauiense é passar de 23,8 mil para 62 mil matrículas no Ensino Médio Integral ainda neste ano, em um processo gradual que contemple as adaptações necessárias na infraestrutura física, tecnológica, no corpo docente e na metodologia.

“Entendemos que o modelo pedagógico de tempo integral vai além da jornada das disciplinas básicas, pois nestas escolas há investimento no estudo orientado pelos professores, preparação para olimpíadas, recomposição de aprendizagem, o lazer e a cultura”, disse o Secretário de Estado da Educação, Washington Bandeira. “São diversas atividades que fixam os alunos nas escolas e melhoram os resultados de desempenho e aprendizagem,” avaliou. 

O investimento inicial em infraestrutura estará centrado nos 122 municípios que terão escolas integrais nesta primeira etapa – hoje, elas estão em 50 cidades. Combinado ao apoio logístico, o estado trabalha em uma análise de dados e avaliações que permitam a elaboração de um retrato da aprendizagem no estado, para entender se há novos gargalos no pós-pandemia que também devem ser cuidados no processo de expansão. 

No mês passado, um seminário reuniu a comunidade escolar piauiense em torno de práticas exitosas no ensino integral. A ideia foi permitir a troca de experiências e disseminar os caminhos de implementação e de aprimoramento já desenvolvidos em escolas de tempo integral no estado. O diálogo foi o pontapé inicial para a elaboração de um documento comum para guiar a atualização do processo pedagógico na expansão do ensino integral, considerando a realidade e as particularidades dos municípios. 

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