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TO e RS firmam compromissos para alfabetizar crianças no tempo adequado

Programas querem garantir que todos os alunos saibam ler e escrever até 2º ano do Ensino Fundamental

Fonte imagem: Governo do Rio Grande do Sul

O desafio de alfabetizar todas as crianças das escolas públicas até o fim do 2° ano do Ensino Fundamental é o que guia os programas de alfabetização lançados pelos estados de Tocantins e Rio Grande do Sul. As iniciativas estabelecem metas e firmam o regime de colaboração entre governos estaduais e municipais.

O Alfabetiza Mais Tocantins: Compromisso Tocantinense Criança Alfabetizada almeja atender 78 mil estudantes dos 139 municípios do estado, a partir da colaboração entre o Ministério da Educação (MEC), o governo estadual e as prefeituras.

O compromisso prevê uma formação continuada para os professores, a concessão de bolsas para articuladores e formadores, e a entrega de material didático focado na alfabetização para professores e estudantes. O programa também estabelece a premiação das boas práticas em escolas que se destaquem e suporte para as escolas que estão com resultados mais desafiadores.

“Tocantins é o 16º Estado a formalizar o programa de alfabetização em regime de colaboração com apoio da Aliança pela Alfabetização, formada por Associação Bem Comum, Fundação Lemann e Instituto Natura, e em sinergia com o Compromisso Nacional”, explica Barbara Panseri, gerente de educação na Fundação Lemann, que esteve no lançamento.

O evento foi realizado na capital, Palmas, e participaram o governador Wanderlei Barbosa, o secretário de Estado da Educação, Fábio Vaz, o presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM), Diogo Borges, além da secretária-executiva do Ministério da Educação, Izolda Cela, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palacios.

Para o secretário de Educação de Tocantins, o programa é fundamental para preencher lacunas agravadas pela pandemia.

“No Tocantins, cerca de 50% dos nossos estudantes estão saindo do 2º ano sem estar alfabetizados. E isso é muito grave, porque a não alfabetização na idade certa gera uma tragédia em longo prazo”, alertou Fábio Vaz.

O programa tocantinense é parte da lei que institui o fortalecimento da educação em regime de colaboração com as redes públicas de ensino do estado. Para o secretário, a medida é um caminho efetivo para garantir que os alunos saibam ler e escrever até o 2º ano do Ensino Fundamental.

“Nós trabalhamos com a educação de território. Não é apenas com as 500 escolas estaduais, mas sim com as 1.400 escolas públicas presentes em todo o Tocantins. É um trabalho de território que lança um olhar para o aluno que, atualmente, está na rede municipal, mas amanhã estará na rede estadual.”

O Alfabetiza Mais Tocantins também integra o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, lançado pelo governo federal, e conta com a colaboração técnica e financeira do MEC.

“O protagonismo é do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação, e apoiado pelo Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Isso é um chamamento para todos os outros estados se organizarem. Estou muito feliz em ver esse movimento aqui no Tocantins, forte e vigoroso, que precisamos no país inteiro”, afirmou Izolda Cela na ocasião do lançamento.

No Rio Grande do Sul, o Alfabetiza Tchê tem a adesão de todos os municípios do estado e deve beneficiar 235 mil estudantes.

“É mais um grande passo dado, dentro das nossas ações da PARC (Parceria Pela Alfabetização em Regime de Colaboração)”, celebra Márcia Ferri, gerente de alfabetização do Instituto Natura, que participou da cerimônia de lançamento, em Porto Alegre.

O evento teve a presença do governador Eduardo Leite, da secretária de Educação, Raquel Teixeira, de representantes do MEC e do terceiro setor.

Para fortalecer o regime de colaboração entre estado e municípios e garantir a adesão de todas as prefeituras, o governo estadual, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e a União dos Dirigentes Municipais de Educação do Rio Grande do Sul (Undime-RS) trabalham juntos.

O Alfabetiza Tchê foi dividido em cinco eixos: fortalecimento da aprendizagem; fortalecimento da gestão municipal e escolar; formação de professores; avaliação externa, acompanhamento e monitoramento dos indicadores; e cooperação, articulação e incentivo.

“O estado está investindo fortemente com avaliação dos estudantes e formação de professores, além da formação de gestores e coordenadores. 70% do material didático complementar também já está chegando aos municípios”, explica Márcia Ferri.

O governo gaúcho também mapeou desafios agravados pela pandemia, que foram considerados no desenho do programa, como destacou a secretária da Educação.

“A pandemia foi uma disrupção total no processo de aprendizagem que estava ocorrendo. A alfabetização é a base de tudo, pois ninguém será capaz de desenvolver habilidades de raciocínio crítico se não tiver uma capacidade de leitura consolidada”, disse Raquel Teixeira.

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