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Evento discute tecnologia e competências digitais para professores

Política pública implementada com sucesso no Mato Grosso capacita docentes a usarem ferramentas digitais em suas prática pedagógicas

As competências digitais para professores e as boas práticas da Política de Tecnologia no Ambiente Escolar foram destaques do encontro do Grupo de Trabalho (GT) de Tecnologia do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), realizado no Paraná com apoio da coalizão Educação Tec da qual o Instituto Natura faz parte ao lado de Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), Fundação Lemann, Fundação Telefônica Vivo, Instituto Sonho Grande e MegaEdu.

O evento reuniu secretários de educação, técnicos das secretarias e especialistas para debater caminhos para o bom uso da tecnologia com fins pedagógicos e de gestão na rede pública. Garantir conectividade e dispositivos nas escolas, bem como plataformas digitais para estudantes, apareceram como ponto de apoio aos professores na missão de construir uma educação transformadora e cidadã.

“O assunto já faz parte do cotidiano escolar, e nossas experiências em sala de aula mostram que a tecnologia fornece acesso instantâneo à informação, além de ser uma ferramenta importante para o ensino-aprendizagem. Isso proporciona experiências significativas aos estudantes e professores”, disse o secretário de educação do Mato Grosso, Alan Porto.

O Mato Grosso é um dos estados que têm desenvolvido com sucesso o uso de ferramentas digitais. Depois de um período focado na infraestrutura tecnológica, o estado passou a investir na formação, para que os professores tivessem autonomia usando a tecnologia.

O Programa de Formação Docente em Competências Digitais foi implementado na rede pública em parceria com a Fundação Telefônica Vivo e o Instituto Natura. A iniciativa foi estruturada em trilhas formativas abrangendo as áreas Pedagógica, Cidadania Digital e Desenvolvimento Profissional, com uma estratégia que inclui a criação de material didático e currículo, e o desenvolvimento de ferramentas de governança, avaliação e monitoramento.

No ano passado, mais de 19.700 docentes (mais de 90% dos docentes da rede) se inscreveram para participar. A ideia é que esta seja uma formação continuada.

“A estratégia não é um fim em si, a ideia é que ela esteja integrada a várias ações da rede. Antes de começar a formação, rodamos uma avaliação diagnóstica e, depois da trilha formativa de um ano, os professores fazem uma avaliação para ter um novo retrato dessas habilidades”, explica Caio Valiengo, gerente de articulação de agendas prioritárias do iN.

No primeiro ano de aplicação do Programa, os resultados se mostraram promissores, com um crescimento de 30 pontos percentuais no índice de professores com domínio de ferramentas digitais. Nesse período, 51% dos municípios mato-grossenses aderiram à política em regime de colaboração. Outros resultados do programa estão no dossiê que sistematiza a experiência da rede estadual.

A expectativa é de que o programa tenha sustentabilidade de longo prazo e que outros estados trilhem esse percurso, investindo na formação de docentes e gestores. O Consed tem trabalhado para que parte dos recursos da Estratégia Nacional Escolas Conectadas, do governo federal, seja investida nesse fim. Presente no encontro do GT de Tecnologia, a Secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Katia Schweickardt, disse que a pasta já está trabalhando ao lado dos governos estaduais, nesse momento para garantir a expansão do uso de tecnologia para fins pedagógicos em todas as escolas públicas do país.

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