Nas últimas décadas, avançamos na busca pela universalização do acesso à educação e resultados de aprendizagem. Contudo, recentemente passamos a viver uma tragédia silenciosa em relação à alfabetização: em 2019, metade dos alunos do 2º ano do ensino fundamental não alcançaram o nível adequado de alfabetização, cenário que se agravou com a pandemia de Covid-19. 

Com a pandemia, as desigualdades de aprendizagem foram fortemente agravadas.

Em 2021, cerca de 68,8% dos estudantes do 2º ano do ensino fundamental não apresentavam habilidades e competências esperadas para serem consideradas alfabetizadas na idade certa, de acordo com dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Há evidências que relacionam o analfabetismo ao menor acesso ao mercado de trabalho e menor qualidade de vida como um todo. Isso mostra o quão importante é tornar a eliminação do analfabetismo uma das pautas prioritárias para o país.

À luz do atual contexto do país e tendo em vista o atual cenário, o Todos Pela Educação, em parceria com a Fundação Lemann e o Instituto Natura, lançaram o documento “Alfabetização: recomendações de políticas de alfabetização para os governos federal e estaduais”, com o objetivo de apresentar sugestões para a formulação e a implementação de políticas públicas de alfabetização em regime de colaboração. O objetivo é garantir que toda criança brasileira esteja plenamente alfabetizada até o final do 2º ano do Ensino Fundamental.

Esse documento faz parte da iniciativa Educação Já 2022, uma produção técnico-política que por meio de evidências e diagnósticos apresenta recomendações para os Governos Estaduais e Federal. O documento busca contribuir para o fortalecimento de uma agenda sistêmica para a Educação Básica brasileira nos próximos governos eleitos, com a finalidade de avançar na garantia do direito à Educação de qualidade para todos.

O relatório se divide em 6 capítulos. A introdução trata dos objetivos gerais do documento e contextualiza a motivação para a construção deste relatório. O capítulo 1, contextualiza o tema e reforça a importância de se colocar luz e priorizar a etapa da alfabetização no Brasil. No capítulo 2, o documento apresenta uma série de desafios que incidem sobre este ciclo de ensino e os classifica em subcategorias: cooperação federativa, gestão pública, pedagógico, engajamento familiar, político e social.

Já no terceiro capítulo, o relatório traz de onde saíram as inspirações e quais foram os casos de sucesso de políticas de alfabetização no Brasil e que são referências também no cenário internacional. O Capítulo 4 e 5 trazem, enfim, as recomendações para os governos estaduais e federal, respectivamente, abrindo em sete fatores de sucesso, identificados por pesquisas associadas ao avanço dos resultados com equidade e que devem inspirar a formulação das políticas de Alfabetização para que todas as crianças sejam alfabetizadas na idade certa. Por fim, o último capítulo traz considerações finais sobre a importância dessa publicação, mostrando que o desafio é complexo, ao mesmo tempo que evidenciam haver caminhos para serem seguidos.

Leia o relatório na íntegra neste link.
Para outras informações sobre as indicações, acesse a apresentação sobre o relatório neste link.