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SP lança política de alfabetização em regime de colaboração com municípios

Alfabetiza Juntos SP quer garantir que crianças aprendam a ler e escrever no tempo adequado 

Unir os 645 municípios e as 91 diretorias de ensino da rede estadual para garantir a alfabetização de crianças até o segundo ano do Ensino Fundamental. Esse é o objetivo do programa Alfabetiza Juntos SP, lançado pelo governo paulista no dia 20 de fevereiro.

Mais de 300 prefeitos participaram do evento, realizado na Sala São Paulo, espaço cultural da capital paulista. Também compareceram o governador Tarcísio de Freitas; o secretário estadual de educação, Renato Feder.

“A gente precisa endereçar a alfabetização como política pública”, disse o secretário. “Se o aluno fica para trás, ele tem pouca chance para recuperar.”

O governador assinou um decreto de criação do programa que instituiu a política. Hoje, 1,4 mil escolas estaduais oferecem os anos iniciais do ensino fundamental e também vão fazer parte da iniciativa.

“Quem se alfabetiza melhor é quem vai melhor lá na frente ter o melhor resultado na Prova Paulista, no Provão Paulista e no vestibular. Nós precisamos cuidar da base e alfabetizar na idade certa”, afirmou o governador. “Temos que trabalhar a base, e o Estado tem uma responsabilidade importante.”

Também participaram do lançamento do programa a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Kátia Schweickardt; o presidente do Inep, Manuel Palácios; o presidente da Undime-SP (União dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado de São Paulo), Luiz Miguel Garcia; além de deputados e integrantes da comunidade escolar, como professores e diretores. Entre os representantes do terceiro setor, estavam a Associação Bem Comum, a Fundação Lemann e o Instituto Natura, que formam a Aliança que apoia a Parceria de Alfabetização em Regime de Colaboração (PARC).

O programa “Alfabetiza Juntos” vai contar com verba do governo federal, por meio do Compromisso Criança Alfabetizada, lançado no ano passado. A meta do governo paulista é alfabetizar 90% das crianças com até 7 anos até 2026.

“Foi um momento muito importante para São Paulo”, avalia a gerente de Alfabetização do Instituto Natura, Márcia Ferri. 

“A política tem uma frente pedagógica bem forte, com distribuição de material didático impresso e digital e iniciativas de avaliação – tanto avaliação de fluência quanto Saresp, o Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo. Há também formação de professores e gestores escolares e premiações para as escolas com bons resultados e com resultados desafiadores”, explica Márcia Ferri.

A secretaria de educação anunciou que vai ampliar a aplicação da Avaliação da Fluência Leitora, prova que analisa a capacidade de leitura dos estudantes. Na última edição da avaliação, 64% das crianças matriculadas em escolas estaduais e municipais eram consideradas leitores iniciantes ou fluentes no 2º ano do Ensino Fundamental. A medição foi feita em escolas municipais de 600 cidades e nas unidades da rede estadual de ensino. São considerados leitores fluentes os alunos que conseguem ler entre 45 e 60 palavras corretamente em um minuto e que atingem 97% de precisão na leitura.

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