Resultados da Pesquisa de Opinião sobre as percepções da Educação Pública e o Ensino Médio Integral no Brasil
A pesquisa “Percepções sobre a Educação Pública e Ensino Médio no Brasil”, encomendada pelo Instituto Natura e o Instituto Sonho Grande, produzida pela Quaest Consultoria, entrevistou 6.545 pessoas nos 26 estados e no Distrito Federal.
Os resultados da pesquisa mostram que a população brasileira não está satisfeita com a educação pública, já que apenas 32% dos entrevistados avaliam positivamente a escola pública. A maioria dos entrevistados (76%) acham que os governos investem menos em educação do que deveriam.
Em relação ao Ensino Médio, 39% dos brasileiros consideram positivo, 38% como regular e 19% como negativo. Tocantins (58%), Ceará e Mato Grosso do Sul (ambos com 57%) têm as melhores avaliações positivas. Já as menores estão em São Paulo (32%), Bahia (23%) e Rio de Janeiro (22%).
E quais são os fatores que os brasileiros destacam nas escolas de Ensino Médio? “Ensinam português adequadamente” (53%), “preparam para o mercado de trabalho” (51%) e “ensinam matemática adequadamente” (50%) foram as respostas mais citadas. Cabe destacar, porém, que, mesmo nestes três casos, o número de insatisfeitos é muito grande (43%, 46% e 46%, respectivamente).
Para resolver esses problemas, os entrevistados consideram que a melhor saída é investir mais em educação. Segundo a pesquisa, os investimentos deveriam ser direcionados a garantir mais segurança (98%), a ensinar mais conteúdo técnico, a oferecer boa alimentação para os alunos (ambos com 96%), a dar prioridade aos bairros mais carentes (94%) e a ter mais aulas de português e matemática (92%).
Três em cada quatro brasileiros que têm filhos gostariam que eles estudassem em escolas integrais. Essa avaliação está associada a melhores resultados educacionais, preparação para o mercado de trabalho e para o ensino superior, e promoção de mais segurança aos estudantes.
Os entrevistados consideram que o estudante ficando mais tempo na escola ele aprenderia mais habilidades para o mercado de trabalho (93% dos entrevistados), garantiria melhora no aprendizado por evitar problema nas ruas (ambos com 81%) e teria uma alimentação mais adequada(75%).