Cuidar da saúde é um direito


Neste 28 de maio, Dia Internacional de Luta pela Saúde das Mulheres, reforçamos que informação e acesso não podem ser privilégios — são direitos.

O Dia Internacional de Luta pela Saúde das Mulheres, celebrado em 28 de maio, é uma data fundamental para chamar a atenção da sociedade, do poder público e das instituições sobre os desafios que ainda existem para que todas as mulheres tenham acesso ao cuidado integral com sua saúde.

No Instituto Natura, essa luta é também uma pauta permanente. Por meio da atuação na causa de Cuidado com a Saúde das Mamas, o Instituto busca ampliar o acesso à informação e aos caminhos de diagnóstico e tratamento, com foco especial na redução das desigualdades.

O câncer de mama é a doença oncológica mais comum entre mulheres no Brasil, com mais de 73 mil novos casos todos os anos. A boa notícia é que, quando detectado no início, as chances de cura ultrapassam 95%. Mas para que isso aconteça, é preciso muito mais do que exames: é necessário garantir acesso a consultas, orientação e conhecimento sobre os direitos das pacientes e sobre o sistema de saúde.

Por isso, o Instituto Natura aposta no poder da informação como ferramenta para salvar vidas. Conhecer os direitos, entender a jornada da paciente e saber onde buscar ajuda são etapas essenciais para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz. Pensando nisso, foram desenvolvidos dois guias que podem ser acessados gratuitamente:

Esses materiais fazem parte de uma estratégia mais ampla de conscientização, que inclui o Índice de Conscientização sobre o Câncer de Mama — um estudo inédito encomendado pelo Instituto Natura que levanta um alerta importante:

  • 31% das brasileiras não têm informações básicas sobre o câncer de mama e seus direitos.
  • 24% não sabem a idade certa para começar os exames de rastreamento, mesmo sem sintomas ou histórico familiar, e 26% indicaram a idade errada (antes dos 40 anos).
  • A desinformação atinge mulheres tanto do SUS quanto da rede privada de saúde.

O estudo ouviu 1.520 mulheres entre 18 e 70 anos, em todas as regiões do país, e revelou como fatores como escolaridade, renda, raça e tipo de acesso à saúde impactam o nível de conhecimento:

  • Escolaridade: 49% das mulheres com ensino fundamental incompleto ou sem escolaridade desconhecem informações básicas, contra 15% entre as que têm ensino superior completo.
  • Renda: Nas classes econômicas mais altas, 34% têm informação adequada; nas mais baixas, apenas 15%.
  • Raça: 24% das mulheres pretas ou pardas têm conhecimento adequado, contra 33% das mulheres brancas.
  • Sistema de saúde: 38% das usuárias da rede privada têm bom nível de informação, contra 25% das usuárias do SUS.
  • Vivência com a doença: 70% das entrevistadas conhecem alguém com câncer de mama. Entre as que já tiveram a doença, o índice de conhecimento chega a 64%.

“As desigualdades resultam na carência de informações essenciais sobre a saúde mamária e nos mostram um quadro crítico no qual o cuidado com as mamas não é um direito compreendido e acessado por todas as brasileiras. Nesse sentido, é crucial que as políticas públicas e as campanhas de conscientização sejam implementadas com foco na equidade, visando diminuir essas disparidades e garantindo que todas as mulheres tenham acesso à informação e ao atendimento adequado”, afirma Mariana Lorencinho, Líder do Compromisso de Cuidado com a Saúde das Mamas no Instituto Natura.

Clique aqui para acessar os dados de destaque do Índice de Conscientização sobre o Câncer de Mama.

Em breve, o Instituto Natura lançará uma nova edição do Panorama do Câncer de Mama, atualizando os dados e reforçando o compromisso com a saúde das mulheres. 

Câncer de Mama, Rede de apoio, Saúde das Mamas

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