Ação conscientiza sobre violência contra as mulheres em jogo do Brasileirão

Ação no RJ teve o apoio de Natura e Avon.
Com o objetivo de alertar sobre a importância de se posicionar pelo fim das violências contra mulheres, o Instituto Natura, com apoio da Natura e Avon, realizou uma importante ação durante o jogo entre Botafogo de Futebol e Regatas e Esporte Clube Juventude, no início de abril, no Estádio Olímpico Nilton Santos. Antes do apito inicial, os jogadores de ambos os times entraram em campo com uma faixa com a mensagem “A violência doméstica aumenta 26% em dias de jogos de futebol”.
Também foram divulgadas informações sobre o atendimento da Ângela, assistente virtual do Instituto Natura que oferece apoio às mulheres em situação de violência doméstica, por meio de um QR Code apresentado na faixa, e do número de Whatsapp que estava na camisa dos jogadores do Juventude, no lugar dos números habituais.
Um vídeo exibido no telão do estádio noticiou os dados alarmantes sobre violência contra as mulheres em dias de jogos de futebol no Brasil; na torcida, um bandeirão com os mesmos dizeres da faixa amplificaram a mensagem. A locutora da partida também reforçou as informações para todos os torcedores.
Relação entre a violência contra mulheres e o futebol
De acordo com a nossa pesquisa “Violência Contra Mulheres e o Futebol”, realizada em 2022 em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em dias de jogos em que o clube é o mandante da partida, jogando na própria cidade e estádio, os registros policiais de lesão corporal crescem aproximadamente 26%. O estudo indica, ainda, que o índice de ocorrências de ameaças contra o público feminino aumenta em até 23,7% quando um dos times de futebol da cidade está em campo.
A Líder de Políticas Públicas de Direitos das Mulheres do Instituto Natura, Beatriz Accioly, reforça a importância de ações como essa: “Esta parceria com os times de futebol nos oferece uma oportunidade ímpar de dar visibilidade para o enfrentamento à violência contra as mulheres para um público diferente e muito masculino. Costumamos dizer que, se os homens fazem parte do problema, eles também devem se envolver na construção das soluções. Iniciativas assim são essenciais para conscientizar e unir esforços na transformação dessa realidade preocupante da violência contra a mulher no Brasil.“