Seminário Nacional vai discutir desafios e soluções na alfabetização

Evento em Fortaleza promoverá debates e reflexões sobre temas atuais relacionados à Alfabetização
Em um momento estratégico para o Brasil, com sinais consistentes de avanço no campo da alfabetização no país, um evento vai reunir autoridades em Fortaleza para debater os avanços, desafios e estratégias para alfabetizar todas as crianças na idade certa por meio do Regime de Colaboração.
O Seminário Nacional pela Alfabetização será realizado nos dias 6 e 7 de agosto, organizado pela Associação Bem Comum, em parceria com Fundação Lemann, Instituto Natura (Aliança pela Alfabetização) e Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd). O evento reunirá lideranças políticas, gestores públicos, especialistas nas temáticas relacionadas aos programas, estudiosos e pesquisadores da educação.
O Seminário é voltado para representantes dos estados e municípios e a outros parceiros institucionais – e pode ser acompanhado virtualmente, por meio de uma inscrição neste link. A programação inclui palestras, painéis temáticos, mesas redondas e trocas de experiências. Entre as presenças confirmadas estão o ministro da Educação, Camilo Santana, o secretário de Educação do Rio de Janeiro e Presidente do Consec, Renan Ferreirinha, a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, o presidente do Inep, Manuel Palacios, representantes do CONSED e o presidente da Undime, Alessio Costa Lima, além de governadores, senadores, prefeitos, secretários estaduais e municipais de educação e lideranças do terceiro setor que atua na área.
A alfabetização tem ganhado espaço como prioridade nacional na área da Educação. Segundo o Indicador Criança Alfabetizada (ICA), divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2024 59,20% dos estudantes estavam alfabetizados aos 7 anos, no 2º ano do Ensino Fundamental – um aumento em relação a 2023, quando o índice era 56%. O avanço é atribuído à retomada de políticas públicas estruturantes, como o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA) e políticas de alfabetização dos entes subnacionais, que tem promovido investimentos robustos em formação docente, avaliação diagnóstica e assistência técnica a estados e municípios.
Merece ser celebrado que o Brasil, pelo segundo ano consecutivo, cresceu o patamar de crianças alfabetizadas – o aumento, na média, foi de 3,3 pontos percentuais. Em números absolutos significa um aumento de mais 57 mil estudantes com conhecimentos esperados para a idade, em comparação a 2023. Entre os estados brasileiros, 11 bateram as metas esperadas para este ano e 18 avançaram em relação ao ano anterior.
Dos 5.570 municípios brasileiros, 5.352 tiveram seus resultados divulgados e 59% deles (3.061) tiveram melhora nos resultados do Indicador Criança Alfabetizada (ICA); 53% (2.788) atingiram as metas estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC) para 2024. Ao todo, 1.141 municípios já alcançaram a meta prevista para 2030, que estabelece que pelo menos 80% das crianças estejam alfabetizadas até os sete anos de idade. Os resultados dão ainda mais força à estratégia para garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas na idade certa, o que possibilita que as etapas seguintes da Educação Básica também se consolidem com cada vez mais qualidade.