Alfabetização em pauta


Início de ano foi marcado por encontros pela continuidade das políticas de alfabetização em regime de colaboração

Não é somente a formulação e a implementação  de políticas educacionais robustas que demandam esforços. A manutenção delas também é fundamental para que haja continuidade e para que nenhuma criança fique pelo caminho no objetivo de garantir que todas saibam ler e escrever até o 2º ano do Ensino Fundamental. Em anos que sucedem eleições, esse desafio é amplificado pela troca de equipes e de gestores – é o caso de 2025, que começou com ações para sustentar as iniciativas em regime de colaboração entre estados e municípios, que têm se mostrado bem sucedidas.

Entre as medidas, estão encontros entre governadores e prefeitos para destacar a importância da cooperação entre os entes e para alinhar o que tem funcionado melhor nas políticas de alfabetização. As reuniões são um reforço de compromissos políticos, além de uma atualização de processos, parcerias e estratégias.

“As ações estruturantes de alfabetização no início do ano, especialmente após um ano eleitoral, são fundamentais para garantir que todas as crianças tenham uma base sólida de aprendizagem. Esse processo não se resume apenas à aplicação de métodos pedagógicos eficazes, mas envolve uma articulação contínua e estratégica entre gestores e educadores”, explica a coordenadora de alfabetização do Instituto Natura, Haline Floriano.

De acordo com ela, para que o regime de colaboração funcione de maneira efetiva, o papel dos governadores e prefeitos é crucial: eles devem liderar com visão republicana os recursos e o apoio para que os municípios, as escolas e as redes educacionais  trabalhem de forma coordenada, criando uma rede de suporte que promova o desenvolvimento educacional de forma equânime e transformadora para todos. “Nós do Instituto Natura, que apoiamos o regime de colaboração para a alfabetização na idade certa, vemos os governos comprometidos em pactuar e repactuar as estratégias. Ações como o encontro com os novos prefeitos e secretários municipais demonstram essa mobilização e esse compromisso das lideranças subnacionais em personalizar da melhor forma possível a política pública para as suas crianças”, pontua.

As ações estruturantes destacadas por Haline Floriano também incluem a apresentação dos resultados das avaliações de fluência leitora, baliza relevante para entender onde estão os avanços e onde estão os desafios das políticas de alfabetização. A avaliação mostra quantos estudantes efetivamente terminam o 2º ano do Ensino Fundamental sabendo ler e escrever e aponta para os caminhos que governos estaduais e municipais devem adotar para melhorar cada vez mais os resultados.

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