Toda mulher deveria ter uma vida livre de qualquer violência ou abuso. No entanto, os dados são alarmantes no Brasil e no mundo. Em 2023, três a cada dez brasileiras foram vítimas de violência doméstica, de acordo com a 10ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher. E quase 50 mil foram vítimas de feminicídio nos últimos dez anos. O fim da violência contra as mulheres deve ser prioridade em todos os países e contar com informação, investimento e políticas públicas eficientes, que as respeitem e acolham.
Com esse objetivo, temos desenvolvido diversos projetos e iniciativas com parceiros públicos e privados voltados à produção de dados que apoiem a criação de políticas públicas, ao fortalecimento das redes de apoio a mulheres em situação de violência e à conscientização da sociedade sobre o tema:
Mapa Nacional da Violência de Gênero: em parceria com o Observatório da Mulher Contra a Violência do Senado Federal (OMV) e a Gênero e Número, a plataforma interativa reúne os principais dados nacionais sobre violências contra as mulheres, coletados em cinco bases de dados oficiais: o Sistema Nacional de Segurança Pública (Sinesp), o Sistema de Justiça (DataJud – CNJ), o Sistema de Saúde (DataSUS), e a Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, realizada pelo Instituto DataSenado em parceria com o OMV. Entre as inovações da ferramenta – destinada a gestores públicos e sociedade civil – está o Índice de Subnotificação, que estima a quantidade de vítimas de violência que não procuram as autoridades policiais do país e, portanto, não são computadas para as estatísticas oficiais. São dados preciosos para orientar políticas públicas robustas e com potencial transformador efetivo.
Acolhe: iniciativa em parceria com a rede Accor, que oferece um espaço seguro para mulheres e acompanhantes que precisam de moradia temporária depois de saírem de uma situação de violência.
Ângela: assistente virtual que oferece apoio e orientação a mulheres em situação de violência doméstica, por meio do WhatsApp (11) 94494-2415. De forma rápida e discreta, ela avalia o grau de risco a que a mulher está exposta e oferece a possibilidade de encaminhamento a atendimento psicológico, jurídico, transporte e redes de apoio.
Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas: somos signatários da entidade, voltada a mobilizar a iniciativa privada para a criação e aplicação de ações e leis para erradicar a violência dentro e fora do ambiente corporativo.
Em agosto, mês de aniversário da Lei Maria da Penha, e em novembro, durante os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, usamos plataformas diversas para mostrar como a atuação em rede é fundamental para conscientizar e mobilizar a sociedade para o enfrentamento à violência.
Nossa experiência, premiada dentro e fora do Brasil, mostra que articular a produção de informações de qualidade com uma comunicação acessível e compreensível é uma estratégia eficaz para pautar o debate público e disseminar conhecimento em um cenário de muita desinformação.
O Instituto Natura trabalha nesse compromisso por uma mudança cultural – para que comportamentos e atitudes que alimentam o ciclo de violência sejam erradicados.
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Outro Compromisso com os direitos e saúde das mulheres