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Conectados pelo desenvolvimento integral dos jovens do Ensino Médio

No dia 30 de junho organizamos um Webinário sobre boas práticas escolares, com o foco no cenário imposto pelo COVID-19, em que equipes das secretarias de educação, gestores escolares, professores e alunos de Alagoas, Goiás e Mato Grosso do Sul compartilharam suas experiências.  

Em tempos de pandemia e de suspensão de aulas presenciais por todo o país, a comunidade escolar teve que se adaptar a um novo modo de aprender e ensinar. Sabemos que a troca de experiências pode fortalecer toda a rede escolar e, nesse encontro, três estados tiveram a oportunidade de apresentar suas estratégias para o Ensino Médio (EM). 

 

Conheça cada uma delas: 

Alagoas: Laboratórios de Aprendizagem

O encontro foi dividido em quatro momentos, o primeiro foi a apresentação da Secretaria de Educação de Alagoas. Daniel Macedo, Supervisor do Ensino Médio, e Alexsandra Rodrigues Costa, professora e Gestora Geral, apresentaram os Laboratórios de Aprendizagem, que são espaços interdisciplinares com estratégias pedagógicas atrativas para os jovens. 

Comunicação; Ideias Inovadoras; Iniciativas Sociais e Comunitárias; Atividades Lúdicas; Língua Portuguesa; Clube de Leitura; e Matemática foram os grandes temas de estudo dos Laboratórios desenvolvidos com as turmas do 1º e 2º ano do EM. Já para o 3º ano do EM, foi desenvolvido o Foca no ENEM, com o objetivo de preparar os estudantes para esse importante exame nacional que possibilita o ingresso ao Ensino Superior. 

Paulo Henrique, professor que desenvolveu o Clube de Leitura na Escola Estadual Professora Edleuza Oliveira da Silva em São Miguel dos Campos (AL), compartilhou as estratégias que usou para manter os alunos engajados no aprendizado: “Nós evocamos os elementos da cultura pop e da cultura geek, que nunca falham. Trabalhamos quadrinhos, séries, livros e aliamos isso a produção de gêneros textuais, com roteiros de estudos bem descritivos mesmo, porque a gente não pode pensar apenas nos alunos que têm acesso à internet, mas também naqueles que não têm acesso à internet.”. Sthefany Alves, estudante do 2º ano do EM da mesma escola, também contou como pôde desenvolver novas habilidades através da produção de vídeos e das atividades propostas nos Laboratórios.  

 

Goiás: Mães Líderes de Turma

O segundo estado a se apresentar foi Goiás, através da fala de Márcia Antunes, Superintendente de Políticas de Ensino Integral, e da Nicolly Maria, estudante e Líder de Turma do Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI). Márcia pontuou que o maior desafio foi manter os alunos engajados em uma rotina de estudos em suas casas, pois muitas famílias sequer entendiam como estavam funcionando as aulas e de que forma poderiam contribuir com os estudos de seus jovens. Todavia, as escolas de EMTI de Goiás perceberam que, para terem êxito no aprendizado não-presencial, era preciso que as famílias fossem bem informadas e estivessem envolvidas no processo. 

Por isso, foram identificadas as mães que já exerciam lideranças na comunidade para assumirem o papel de informar sobre os horários das aulas, as atividades realizadas e o grau de participação dos estudantes, criando a iniciativa: Mães Líderes de Turma. Com esse envolvimento comunitário, as Mães Líderes de Turma formaram uma rede de famílias engajadas com a escola e com o desenvolvimento de todos os estudantes. Nicolly dividiu com os participantes do webinário que a iniciativa fez a diferença, pois “o apoio da família é de extrema importância”. 

 

Mato Grosso do Sul: Organização das Salas Virtuais 

A última equipe a apresentar suas boas práticas foi a do Mato Grosso do Sul, com a contribuição de Maria Gorete, Coordenadora de EMTI, e também do Diretor Valdinei Marques Mendonça e do Coordenador Pedagógico Rodinei Ramires Marques da Escola Indígena de Ensino Médio em Tempo Integral Yvy Poty. Maria Gorete iniciou sua fala explicando que uma das primeiras ações da Secretaria de Educação de MS foi a realização de uma pesquisa para entender quais eram as estratégias e dificuldades que cada escola estava enfrentando durante a pandemia. Assim, com uma visão mais clara do cenário educacional do estado, desenvolveram o IAN (Índice de Atenção Necessária), que indica as escolas que demandam maior atenção e apoio nesse momento. Além disso, a equipe organiza reuniões virtuais periódicas de acompanhamento e envio de orientações para as escolas com sugestões de atividades para os alunos. 

Valdinei e Rodinei também compartilharam a experiência da escola EMTI indígena Yvy Poty, que tem como principais estratégias o envio quinzenal de apostilas impressas para os alunos, trabalhando todas as matérias da grade curricular através do Tema Gerador, que atualmente é o COVID-19, assim, conseguindo gerar mais interesse por parte dos estudantes. Por trabalharem com estudantes e professores indígenas, a escola tem um cuidado redobrado para evitar a contaminação da comunidade e também com a conscientização sobre o tema de saúde pública. 

Além das equipes que se apresentaram, o webinário teve mais de 120 participantes espalhados por 20 estados brasileiros. Promover a troca de experiências também é papel do nosso compromisso com as escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Mesmo após o retorno gradual das aulas presenciais, acreditamos que todos esses aprendizados serão muito bem-vindos em sala de aula. Já conseguimos perceber que a comunidade escolar está desenvolvendo novas habilidades de aprender e ensinar. Também está ainda mais clara a importância do trabalho em rede das Secretarias de Educação, gestores escolares, professores, estudantes e famílias para o desenvolvimento integral de todos os jovens.

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